Diagnóstico
Clínico e radiológico
O diagnóstico clínico avalia a história, os fatores de risco e os sintomas (como claudicação intermitente, alterações de pele/descamação, unhas quebradiças e manchas, dor em repouso e lesões tróficas). É muito importante durante o exame físico a palpação dos pulsos para definir o grau e a localização da obstrução.
O radiológico compreende o doppler ultra-som ou o duplex-scan que analisam as características do vaso, revelando seu grau de obstrução. Não-invasivo, estes métodos apresentam boa sensibilidade e especificidade, sendo os de primeiras escolhas dos exames diagnósticos.
A arteriografia ainda é o método de escolha para programar as intervenções (cirurgia ou angioplastia).
A angioressonância e angiotomografia são mais modernas e pouco invasivas e auxiliam a mapear o sistema circulatório.
Tratamentos
O clínico reúne o controle dos fatores de risco (pressão alta, diabetes, obesidade, tabagismo e colesterol alto), a prática de atividades físicas regulares (caminhadas diárias mostram-se eficientes no aumento da distância percorrida para pacientes com claudicação intermitente), a adoção de dietas balanceadas e a abolição do fumo.
O medicamentoso leva em conta o uso de anti-agregantes plaquetários (AAS, tidopidina ou clopidogrel), de hemorreológicos (cilostosol) e estatinas.
Endovascular – é recomendada para obstruções menores e utiliza cateteres para chegar à lesão estenótica a qual se corrige através da dilatação com um pequeno balão seguido ou não da colocação de um stent (dispositivo metálico semelhante a uma mola que mantém a artéria aberta impedindo sua reoclusão). Dispensa cortes grandes e ainda tem as vantagens de curto período de estadia hospitalar e recuperação rápida.
O cirúrgico é indicado apenas para os indivíduos com risco de perda do membro, dor em repouso ou lesão trófica e nos indivíduos ativos nos quais a dor para caminhar os impedem de executar suas atividades. Também usado nos casos em que o procedimento endovascular (angioplastias e stents) não solucionam o problema.
Dicas
As medidas gerais são: avaliação periódica de parâmetros sanguíneos, especialmente colesterol e frações (lipidograma) e glicose (glicemia em jejum), praticar exercícios físicos com regularidade (de preferência caminhada diária de 30 a 60 minutos), parar de fumar, controlar o peso corporal por meio de dieta equilibrada e com restrição à ingestão de gorduras e frituras, carnes vermelhas, açúcar, doces, massas etc. (devem ser trocadas por carnes grelhadas, peixe, frutas ou verduras frescas) e avaliação periódica do coração e da pressão arterial.
As medidas para evitar lesões nos pés são: evitar traumas, nunca aquecê-los com água ou compressas quentes, usar meias de algodão para proteger e aquecê-los (as sintéticas e de lã não devem ser utilizadas por diabéticos), secar com cuidado os espaços entre os dedos e aplicar talco antisséptico nestes locais para evitar frieiras, não usar substâncias que possam agredir a pele da região, aparar unhas com cuidado, evitar cortar calos, não andar descalço, usar calçados confortáveis, realizar higiene cuidadosa dos pés e procurar o médico regularmente.