Trombose Venosa

O que é

Doença que pode acometer o sistema venoso superficial ou profundo. Quando acomete o superficial é chamada de tromboflebite. No segundo caso é chamada de Trombose Venosa Profunda. A distinção entre ambas é muito importante, pois define o tratamento e a gravidade.

Tromboflebite

A tromboflebite é o entupimento das veias superficiais por coágulos sanguíneos. Ocorre na maioria das vezes nas veias varicosas. O quadro clínico é de dor, inchaço, endurecimento e vermelhidão no trajeto correspondente a uma veia previamente existente. O tratamento consiste no uso de anti-inflamatórios, analgésicos, compressas e aplicação de pomadas à base de substâncias que dissolvem o coágulo. Nos casos mais severos envolve até mesmo a drenagem do trombo.

Trombose Venosa Profunda

É uma doença muito comum e nem sempre é diagnosticada na fase aguda, podendo tanto levar à sequelas futuras como à morte na fase aguda por embolia pulmonar (trombo que se solta das veias doentes e chegam até a artéria pulmonar). Estudos americanos mostram que 2 milhões de pessoas apresentam TVP anualmente e que 50% dos doentes ficam com seqüelas como a hipertensão venosa.
quadro clínico vai de leve (trombose de veias distais/abaixo do joelho) a severo (trombose de veias proximais/femorais, ilíacas e cava) com dores (geralmente na panturrilha), inchaço e endurecimento na região acometida e até febre.
As causas estão atreladas a três anormalidades no sistema venoso descritas pelo estudioso Veirchow: Estase venosa por imobilização, repouso pós-operatório, pós-parto, gestação, síndrome de Cockett e plegia (paralisação após uma lesão neurológica), Anormalidades na parede da veia em função de trauma, queimadura ou varizes e Composição anormal do sangue fruto do uso de anticoncepcional hormonal, tumor maligno e trombofilia (o sangue é mais coagulável em virtude de heditariedade: deficiência de proteina C e S, antitrombina III, fator V de Leiden ou mutação no gene da protrombina ou alteração adquirida: hiperhomocisteinemia e anticorpo antifosfolípede).
diagnóstico ocorre por exame clínico e a confirmação é pelo estudo radiológico – principalmente com auxílio do doppler ultra-som.

tratamento consiste em medidas gerais para prevenir a progressão e o desprendimento do trombo: manter as pernas elevadas durante repouso e usar meia elástica, analgésicos ou anti-inflamatórios; usar anticoagulantes – injeções de heparina na fase aguda (as variações mais comuns são enoxaparina, fraxiparina e dalteparina) e mais recentemente o desenvolvimento de medicações de uso oral (fase de testes). A estas drogas também é aliado o anticoagulante varfarina. Esta combinação é feita em média por dez dias, sendo mantida apenas a varfarina por entre 3 e 6 meses (há casos em que o paciente precisa tomar o remédio durante toda a vida); usar fribrinolíticos – esta alternativa moderna e cada vez mais em uso requer internação hospitalar para infundir dentro da veia substâncias que fragmentam ou desfazem o trombo e permitem a reabilitação total da veia; usar filtro de veia cava – aparato colocado na veia cava inferior com o objetivo de impedir a progressão de trombos que saem do membro doente e chegam ao pulmão (quadro de embolia pulmonar) e é um recurso utilizado em indivíduos com contra-indicação a anticoagulantes medicamentosos.

Cirurgia – método pouco utilizado e com resultados pouco animadores que remove o trombo de forma mecânica.